1. Marés Vermelhas e Florescências de Algas? O que são?

O que são florescências de algas?
São grandes acumulações de pequenas algas unicelulares, mais conhecidas como fitoplâncton, e podem assumir diferentes cores e características. As proliferações destes organismos podem alterar a coloração de água salgada ou doce, dando origem às chamadas marés vermelhas. Na realidade, tanto podem ser vermelhas, como castanhas ou verdes ou de outras cores. Estes organismos podem flutuar na superfície da água ou mesmo afetar grandes superfícies da areia nas praias.

E porque é que essas florescências de algas podem ser prejudiciais?
Porque várias das espécies que podem formar as florescências de algas podem produzir certos compostos que podem ser tóxicos. Uma das espécies mais comuns de algas que podem produzir compostos tóxicos na água do mar é a “Dinophysis” sp, que é responsável por inúmeras intoxicações e mortes de animais, incluindo peixes, aves e mamíferos, mas também afeta humanos!

Estes compostos tóxicos da água do mar, são chamados de biotoxinas marinhas. Os sintomas de intoxicação causados pelas biotoxinas podem ser muito diversos, dependendo do tipo da biotoxina que causa a intoxicação. Os sintomas mais comuns são problemas digestivos ou irritação da pele mas também podem induzir efeitos na respiração, na memória, induzir convulsões, lesões, ou até doenças mais graves como o cancro.

O que tem que acontecer para que uma proliferação de algas nocivas se forme?
A proliferação de algas nocivas pode acontecer naturalmente quando ocorrem as condições adequadas de temperatura da água, concentração de minerais e nutrientes e outros fatores físicos, como correntes marinhas ou luminosidade. No entanto, certas atividades humanas favorecem algumas das condições promotoras das marés vermelhas. Por exemplo, as mudanças climáticas aumentam a temperatura da água do mar, e as descargas – especialmente as agrícolas, aumentam a concentração de nutrientes da água do mar. Outra causa é a navegação internacional dos grandes navios, que leva à abertura de canais que conectam os mares artificialmente, resultando em trocas entre grandes massas de água, favorecendo a mobilidade de diversas espécies de algas. Estas mudanças no meio aquático fazem com que a proliferação de algas nocivas ocorra com mais frequência e em locais onde elas não haviam sido descritas anteriormente.