A proliferação de algas nocivas pode produzir substâncias tóxicas – as chamadas biotoxinas, que podem ser marinhas e de água doce, e podem produzir intoxicações graves em humanos e em outros animais, como peixes, aves ou mesmo mamíferos. Por exemplo, recentemente nas Ilhas Canárias, foi descoberto um caso de envenenamento por ciguatoxina (uma biotoxina marinha muito perigosa) em um golfinho, e acredita-se que existam muitos outros envenenamentos em animais que não são descritos.
As toxinas marinhas e de água doce podem ser um sério perigo para a saúde do meio ambiente, pois podem causar a morte de um grande número de espécies animais. Além disso, estas espécies de fitoplâncton podem alterar a qualidade da água (concentração de oxigénio e nutrientes e luminosidade) e também podem causar a morte de plantas aquáticas. Desta forma, as marés vermelhas podem afetar a biodiversidade de determinado local!
As ocorrências de marés vermelhas podem ter também consequências para a economia da área, através da diminuição do turismo, impossibilitando as atividades recreativas, causar escassez de produtos pesqueiros nos mercados e indústrias de peixe e diminuir da qualidade da água de zonas balneares.
Outra consequência que a proliferação de algas nocivas pode ter é o agravamento da saúde pública das pessoas. As biotoxinas, tanto marinhas quanto de água doce, podem causar intoxicações em humanos. No entanto, a maioria das intoxicações são leves e produzem apenas sintomas gastrointestinais, muitas vezes a causa não é descoberta ou são confundidas com outras alterações e são subestimadas. No entanto, podem ocorrer intoxicações graves e possam causar coma ou morte!
Por isso, pesquisar e aprender mais sobre as biotoxinas é essencial para melhorar a saúde das pessoas, evitando intoxicações, detetando doenças e melhorando os tratamentos caso ocorram intoxicações.
Marés vermelhas emergentes, um novo perigo ou uma consequência da nossa ação?